domingo, 29 de janeiro de 2012

Em 5h53m, Djokovic bate Nadal em final recorde na Austrália e fatura o tri

Novak Djokovic Australian Open final tênis (Foto: Reuters)
No primeiro set, Rafael Nadal fez o mundo acreditar que 2012 começaria de forma diferente. Nos dois seguintes, Novak Djokovic mostrou que ainda é o melhor tenista do mundo e tomou controle do jogo. O rival espanhol ainda lutou, com a garra de sempre, e forçou um quinto set. Esteve a dois games da vitória, mas o número 1 do mundo não deixou. Esgotado, mas sem desistir, o sérvio foi espetacular no fim. Superou as dores e, por 5/7, 6/4, 6/2, 6/7(5) e 7/5, triunfou na mais longa final da história dos Grand Slams. Depois de 5h53m, caiu de joelhos no chão da Rod Laver Arena e conquistou pela terceira vez o título do Australian Open.
As 5h53m de duração quebraram dois recordes. O de final mais longa da história dos Grand Slams e de partida mais longa da história do Australian Open. Até este domingo, a final do US Open de 1988, de 4h54m, entre Mats Wilander e Ivan Lendl, detinha a marca. Em Melbourne, o recorde era das 5h14m da semifinal de 2009, entre Nadal e Fernando Verdasco.
Com mais este feito, Nole se tornou neste domingo o quinto tenista da Era Aberta a vencer três Grand Slams de forma consecutiva - todos em finais contra Rafael Nadal, atual número 2 do mundo. A lista de campeões já incluía Rod Laver, Pete Sampras, Roger Federer e o próprio Nadal.
Vencedor em 2008 e 2011, Djokovic é também o quarto tenista da Era Aberta (a partir de 1968) a somar três títulos do Australian Open. Ele se junta a um grupo que tinha apenas três nomes até este domingo: Andre Agassi (4), Roger Federer (4) e Mats Wilander (3).
O espanhol, por sua vez, se torna uma estatística inédita - e nada agradável. Derrotado por Djokovic nas finais de Wimbledon/2011, US Open/2011 e Australian Open/2012, Nadal é agora o primeiro tenista da Era Aberta a perder três decisões de Grand Slam de forma consecutiva. Contando jogos em outros torneios, o número 2 do mundo tem sete reveses seguidos para o rival.
O jogo começou como um típico confronto entre Nadal e Djokovic. Muitas trocas de bola e muito tempo de intervalo entre os pontos. Nadal, mais seguro nos pontos iniciais, teve chances de quebra no quinto game. Djokovic escapou do primeiro graças a um erro de devolução do espanhol, mas Nadal aproveitou o segundo quando o sérvio jogou um backhand para fora.
AFP
Irritado, Djokovic trocou a camisa e jogou a raquete no chão. Aos poucos, porém, o número 1 passou a errar menos e atacar mais. No sexto game, ele teve dois break points e não converteu. No oitavo, contudo, Nadal jogou um forehand para fora e devolveu a igualdade. O jogo seguiu parelho até o 11º game, quando Nole vacilou novamente. Mais uma vez com um backhand para fora, Djokovic perdeu o serviço. Nadal, em seguida, aproveitou e fechou o set em 7/5.
A segunda parcial foi diferente - e melhor para o atual campeão. Djokovic passou a encaixar mais primeiros saques e ganhou confiança para atacar mais do fundo de quadra. Pela maior parte da parcial, Nadal teve de se defender. O espanhol salvou dois break points no segundo game, mas cedeu a quebra no quarto, quando Djokovic fez um belo voleio vencedor.
O sérvio, ainda comandando o jogo, teve um set point no saque de Nadal no oitavo game, mas não converteu. Em seguida, Djokovic chegou a 5/3 e 40/15, com dois set points no serviço, mas jogou uma direita para fora e viu Nadal encaixar uma bola indefensável em seguida. O improvável aconteceu. O número 2 venceu um ponto na rede e, depois, viu Djokovic perder o serviço com uma dupla falta. Nadal, entretanto, nem chegou a empatar o jogo. Teve duas chances no décimo game, mas foi vítima de duas ótimas devoluções do adversário. Encarando outro set point, foi a vez de Nadal fazer uma dupla falta e decidir a parcial em 6/4 a favor de Djokovic.
Aos poucos, o jogo deste domingo passou a se parecer mais e mais com os duelos de 2011. Nole tomou o controle do jogo. Sacou ainda melhor, não deixou Nadal à vontade para sacar e disparou à frente quando conseguiu uma quebra no quarto game. O espanhol nem ameaçou o serviço do sérvio, e Djokovic seguiu confirmando sem sustos até que, com uma direita indefensável, quebrou novamente o saque de Nadal e fez 6/2 na parcial.
globoesporte

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