sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ronaldinho brilha tarde demais no adeus do Fla de outra Libertadores

Ronaldinho Flamengo x Lanús (Foto: Maurício Val / Vipcomm)
O Flamengo foi eliminado da Taça Libertadores e muitas cobranças certamente virão da arquibancada. Mas pelo menos na vitória sobre o Lanús-ARG, nesta quinta-feira, no Engenhão, na despedida do clube da competição, não há como reclamar de Ronaldinho Gaúcho. O camisa 10 procurou o jogo, tentou as jogadas e fez duas ótimas assistências para Deivid e Luiz Antonio marcarem o segundo e terceiro gols (veja os três gols no vídeo ao lado). No entanto, parecia consciente da situação do time ao deixar o gramado antes mesmo do fim do emocionante confronto entre Olimpia-PAR e Emelec-EQU, que acabou se classificando com uma vitória por 3 a 2, em Assunção.
- O Ronaldinho estava diferente já na ida do ônibus para o estádio. Estava feliz, descontraído. Ali, eu já percebi que faria um grande jogo - contou Deivid em entrevista coletiva após a partida.
Antes do jogo, R10 foi cobrado por uma carta de uma das torcidas organizadas do clube. No estádio, uma faixa pedia "respeito à Nação". Em campo, à espera do apito inicial, ele cumprimentou cada companheiro, demonstrando envolvimento com o time. Mas demorou a participar efetivamente do jogo.
Seu primeiro toque na bola aconteceu apenas aos quatro minutos de jogo. Ainda assim, numa jogada em que tentou um domínio quase fora de campo e viu o árbitro marcar lateral a favor do Lanús. Aos 10 minutos, apareceu bem, com ótimo passe para Vagner Love, que chutou para fora. Um carrinho numa tentativa de roubada parecia manter a relação com os torcedores amena, mas não foi assim que o jogo seguiu.
Nem mesmo o gol de Welinton, completando cobrança de escanteio de Bottinelli, mudou o humor da torcida com o craque. Aos 20, ele tentou um lançamento de bicicleta, que parou no peito de um marcador. Depois, conseguiu um bom domínio, deu um chapéu no marcador, mas a jogada não fluiu. Aos 27, depois de uma sequência de dribles, perdeu a bola e viu a defesa em apuros, contando com a defesa salvadora do goleiro Felipe.
A paciência da torcida parecia curta. Sem sucesso em cobranças de falta, ouviu os gritos da torcida por Bottinelli e vaias quando o argentino se afastou. Willians pediu para que elas parassem e da arquibancada saiu um tímido apoio a Ronaldinho. Mais uma vez, ele acertou a barreira.
Aos 42, no entanto, Ronaldinho fez grande jogada e tocou para Deivid aumentar a vantagem do Flamengo. Naquele momento, a Polícia Militar confiscou a faixa de protesto contra o camisa 10, e a paz voltou ao relacionamento entre o craque e seus seguidores no Engenhão.
A volta para o segundo tempo manteve o padrão de Ronaldinho no fim do primeiro tempo. Depois de receber bom passe de Deivid, deixou dois marcadores para trás, lembrando seus bons momentos, e cruzou para Luiz Antonio chutar, de primeira, aumentando a vantagem do Flamengo para 3 a 0, aos cinco minutos. Os gritos pelo camisa 10 ecoaram mais forte na arquibancada do Engenhão.
Ronaldinho voltou a aparecer numa cobrança de falta de longa distância. O goleiro Marquesín não colocou barreira e quase foi surpreendido, aos 18 minutos. Naquele momento, com vitória parcial do Olimpia sobre o Emelec, por 1 a 0, em Assunção, o Flamengo parecia diminuir o ritmo, consciente de que o seu resultado nesse momento pouco importava.
Aos 23, no entanto, o Emelec empatou o jogo. Ao ouvir o grito da torcida, Ronaldinho se virou para o técnico Joel Santana e viu o comandante fazer o sinal de que o placar estava 1 a 1 em Assunção. O anúncio do resultado no telão incendiou o Engenhão. O camisa 10 passou a ter ainda mais atenção no outro jogo, perguntando o tempo que faltava no Defensores del Chaco.
Flamengo, Ronaldinho (Foto: AFP)
O drama aumentava a cada minuto. Até que aos 45 minutos de jogo no Engenhão, o anúncio do gol da virada do Emelec silenciou o estádio. Ronaldinho teve uma conversa mais próxima com Joel. Ao apito final, o camisa 10 desceu para o vestiário, enquanto seus companheiros ficaram em campo à espera do resultado final.
Ronaldinho não acompanhou no campo o empate do Olimpia, nem o terceiro gol do Emelec. Preferiu o silêncio do vestiário no adeus do Flamengo de mais uma Taça Libertadores.
globoesporte.com

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