quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Interlagos mantém Curva do Café sem escape e não estipula data para obras



A Curva do Café em Interlagos, local de dois acidentes fatais no primeiro semestre, não terá uma área de escape construída para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, dia 27 de novembro. Segundo a organização da prova e o prefeito Gilberto Kassab, o autódromo paulistano tem o grau máximo de segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e não oferece riscos aos pilotos da categoria de elite do automobilismo mundial.
"A Curva do Café está sendo motivo de um estudo maior para fazermos ajustes. O processo de melhoria no autódromo é permanente, mas a FIA, que é responsável técnica pelo prova, não apontou nada nos últimos anos sobre o assunto", disse Kassab, durante vistoria às obras em Interlagos nesta quarta-feira.
Em fevereiro, o motociclista João Lisboa morreu durante um track day em Interlagos após bater na Curva do Café. Dois meses depois, em abril, Gustavo Sondermann, da Copa Montana, perdeu o controle de seu carro, que bateu na mureta, voltou à pista e foi atingido por outros veículos. O local foi o mesmo da morte de Ricardo Sperafico, em corrida da Stock Light em 2007.
A construção de uma nova área de escape na Curva do Café faz parte de uma reforma estrutural que Interlagos pode sofrer nos próximos anos. O projeto está no novo plano diretor criado pela prefeitura de São Paulo para as próximas dez temporadas, mas ainda não há prazo para sua aprovação nem sua execução.
A reforma de Interlagos inclui também o aumento do tamanho dos boxes. As escuderias da Fórmula 1 reclamaram nos últimos anos do espaço reduzido para trabalhar durante os três dias de Grande Prêmio e pedem uma área maior nas próximas edições do evento.
"A área ficou pequena, realmente existe essa pressão da FOM (Formula One Management, empresa que gerencia a F-1), porque as equipes trabalham apertadas aqui. Precisa ver para saber como é", admitiu a diretora executiva do GP, Claúdia Ito.
De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, a ampliação da área de paddock passa pela aprovação do novo plano diretor para Interlagos. "Aprovado isso, podemos fazer a reforma. Eventualmente com a demolição desses boxes e construção de novos", explicou.
A prefeitura de São Paulo gastou R$ 28 milhões em melhorias no autódromo para receber a corrida da Fórmula 1. Sem novidades na pista, o maior investimento (R$ 17 milhões) foi realizado para a construção de arquibancadas temporárias e na reforma do Setor B de torcedores, na área dos boxes.
O local recebeu uma nova cobertura, além de incrementos na infraestrutura e o aumento da capacidade. Foram colocados à venda 1500 ingressos para o setor, um aumento de aproximadamente 400 lugares em relação à prova de 2010.

gazetaesportiva.com.br

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