sábado, 4 de julho de 2020

Mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa amplia benefício para clubes formadores

Mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa amplia benefício para clubes formadores

Uma mudança no Mecanismo de Solidariedade da Fifa pode ajudar os clubes financeiramente de agora em diante. Esta semana, a entidade adicionou um artigo no Regulamento de Status e Transferências dos Jogadores que vai incentivar ainda mais a bonificação na transferência de jogadores para as equipes.

Divulgado pela coluna Lei de Campo do UOL Esporte, um clube de treinamento agora terá direito aos 5% de contribuição quando a transferência for entre clubes afiliados a diferentes associações e quando for entre clubes afiliados à uma mesma associação, contanto que o clube de treinamento seja afiliado a uma associação distinta.

Para exemplificar, a coluna trouxe o caso do atacante Richarlison, que atualmente joga pelo Everton, na Inglaterra. Revelado pelo América-MG, o clube recebeu 5% de solidariedade quando o jogador foi transferido do Fluminense para o Watford em 2017. Na temporada seguinte, Richarlison saiu do Watford e foi para o Everton, dois clubes que fazem parte da Football Association (FA). Na época, o time mineiro recebeu pela transferência internacional do atacante, mas não recebeu pela transferência entre os associados da FA. Se a mudança do jogador entre os clubes ingleses fosse hoje, com a nova mudança da Fifa, o América-MG também receberia a porcentagem. 

“Valores que podem até significar a sobrevivência das atividades de um clube, se considerarmos que a grande maioria dos clubes que tem direito a receber valores de Solidariedade são clube médios ou pequenos, que muitas das vezes não têm outra fonte de receita”, comentou o Felipe Mourão, advogado especialista em direito esportivo para a Lei de Campo.

Criado para beneficiar os clubes formadores e estimular a transferência de jogadores, o Mecanismo de Solidariedade tem uma porcentagem proporcional quanto a idade do atleta e quantidade de temporadas nas categorias de base. 

Nas temporadas de um jogador entre seu 12º e 15º aniversário, o clube formador recebe 0,25% da transferência por cada temporada do atleta na equipe. Já do 16º ao 23º aniversário, o clube recebe 0,50% por temporada.

"Isso pode ter um impacto enorme para o futebol brasileiro e sul-americano como um todo, porque os jogadores brasileiros e sul-americanos estatisticamente são os que mais estão envolvidos em transferências no mundo todo”, apontou o advogado. 

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