Em pleno São João o Tricolor pulou uma fogueira grande. Enfrentar o Figueirense no Orlando Scarpelli nunca foi tarefa fácil. Na verdadenunca tínhamos tirado nenhum ponto “dos caras”, lá. Mas com a estreia de Mancini a Nação Tricolor estava animada para o jogo, e eu apreensivo.
Jogar fora de casa, com uma zaga que nunca jogou junta antes, e sem mudar o esquema tático, era um risco. Jogamos com o mesmo esquema de dois volantes, dois meias e dois atacantes de sempre. Nada de reforçar a marcação para aliviar a nova zaga. Fiquei preocupado, mas Falcão brocou!O time encarou os donos da casa, de igual pra igual. Jogamos pra cima, com Mancini aparecendo pouco, mas bem, no primeiro tempo. Jones correu como sempre, errando o último passe, como sempre, e quase fez um golaço, como nunca fez no Bahia. Junior não estava em tarde inspirada. Ávine também não. Diones parece estar sentindo a chegada de Kléberson e foi mal. Mas fora isso, o time jogou bem. Ao menos no primeiro tempo.
Na volta do intervalo alguma coisa havia mudado. O time caiu muito de produção. Parecia até um certo time baiano que morre de medo de segundo-tempo. Escanteio para o Figueirense e vi Junior marcando Júlio César. Atacante do Bahia marcando o do Figueira. Comentei que não acho legal deixar atacante com função de marcar atacante. Por que não colocar os zagueiros ou volantes para marcar os atacantes??? E por que Junior saiu do primeiro pau na cobrança do escanteio? A bola foi pra fora. Não deu em nada... Mas aquilo me incomodou. Depois, num lance parecido, em outro escanteio, Junior acabou não marcando direito o mesmo Júlio César e o Figueira jogava umbalde de água fria na noite junina do Bahia. O time se perde e a coisa se complica. Aloísio fica cara a cara com Lomba, que pratica um defesa milagrosa. Na sobra, o Boti dá uma porrada, sem goleiro, e Danny Morais salva em cima da linha. Outro rebote e Aloísio chuta mais uma vez pra defesa de Lomba. Agora já pode chamar Bento XVI pra canonizar o cara...
Falcão muda o time e tira Ávine e Junior, que realmente não renderam nada, e Jones que deu uma canseira na zaga catarinense. Entra Hélder, Lulinha e Vander. Pensei. Agora é rezar pra um dos três queimarem minha língua. E como é bom queimar a língua desse jeito. Fabinho faz um cruzamento da intermediária pra Mancini, que nesse momento já tinha virado atacante. O zagueiro Pablo corta errado e sobra pra Vander fazer um golaço e decretar o empate imerecido, mais muito comemorado, do Tricolor Baiano.
Pronto, agora os fogos eram de alegria e não pra compensar a frustração do sábado, de alguns. A lua começou a brilhar no céu, o forró já podia “comer no centro” e a fogueira começava a queimar em homenagem a São João.
futebolbahiano.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário